09/05/2021

Conheça a história de uma mãe jaguariunense que venceu a Covid

Conhecida como Dona Cida, tem 58 anos e é mãe de três filhos; ela chegou a ficar 14 dias na UTI e agora curte o seu dia ao lado da família

Da redação

Neste domingo (09), é Dia das Mães, tradicional data em que as famílias se reúnem para celebrar a vida e homenagear aquela que é considerada, para muitos, a pessoa mais importante de suas vidas, a mãe.

Para falar dessa data tão importante, o Portal Jaguariunese conversou com a Dona Geralda Aparecida Domingues Marson. Popularmente conhecida como Dona Cida, ela é casada há 41 anos com o Seu José Carlos Marson. “E eu o amo muito”, ela faz questão de dizer.

Em 2020, ela teve Covid-19, chegou a ficar 14 dias intubada e após esse momento conturbado, Dona Cida vai aproveitar o Dia das Mães ao lado da família. “Ser mãe é um presente de Deus”, diz ela que é mãe de três filhos, dois homens de 41 e 37 anos e de uma mulher de 32.

“Hoje vão estar comigo. Só estou aqui por milagre de Deus, então eles[filhos, noras e netos] vem”, anima ela.

Dona Cida e o esposo José

Família e filhos

De família humilde, ela começou a trabalhar cedo e se casou aos 17 anos. Ela conta sobre a chegada dos filhos. “O primeiro filho, na verdade eu perdi com 4 meses de gestação. O primeiro que realmente eu tive é o Júnior que é pastor. Depois veio o Tiago que hoje é vendedor interno na loja Buriti e a última é a Marisa que hoje é psicóloga e está ajudando o pai no ramo imobiliário”, relata.

O filho Tiago com a esposa Isabel e filha Izabelly

“A educação dos filhos sempre foi ensinando como ser um homem ou uma mulher de respeito e honesto e foi assim que deu certo.  Todos são uma bênção na nossa vida”, completa ela orgulhosa.

Dona Cida conta ainda que sua relação com os filhos é ótima. “Sou uma mãe que gosta de estar sabendo como estão. Amo muito os 3 pois são presentes de Deus para nossas vidas”.

O filho Júnior ao lado da esposa Bruna

Ela tem cinco netos. “O maior já está com 21 anos e a caçula está com 11 anos. São todos uma bênção. O Carlos Daniel, Maria Vitória, Maria Clara, Guilherme e a Izabelly. Amo todos eles e sinto falta quando demora para vê-los”, afirma a avó coruja.

A filha Marisa ao lado do esposo Leandro

Diagnóstico da Covid

No final do ano passado, a família do Dona Cida passou por um susto, depois que a matriarca da família foi diagnosticada com a Covid-19. Ela conta que o momento foi muito difícil para todos, já que tudo foi muito rápido. Em seis de 6 de dezembro, começou a situação. “Comecei a sentir dores na área da barriga e fui diagnosticada com infecção de urina. Voltei novamente ao hospital na segunda feira ainda com muita dor”, iniciou ela.

Ainda no relato, ela conta que foi medicada, mas teve que voltar no dia seguinte, só que foi na UPA. “Foram feitos exames mais detalhados e foi constatado que a minha saturação estava baixa. Por volta das 23h da mesma terça-feira, fui levada já de ambulância para o hospital com o propósito de fazer uma tomografia. O resultado saiu por volta das 2h da manhã de quarta-feira.  E eu já estava sentindo falta de ar. Avisaram meu esposo que eu ficaria internada”, relembra Dona Cida.

Ainda segundo ela, enquanto falava com a família por mensagens, a falta de ar aumentava e que no dia seguinte, não conseguia mais responder o esposo e os filhos.

Apoio do esposo e dos filhos foi fundamental

Agravamento da doença e intubação

Com sua situação agravada, ela precisou ser levada para a UTI. “Por volta das 15h fui levada para a UTI. Já com muito medo, mas sem perder a fé de que tudo iria passar. Às 21h, os anjos do hospital, os enfermeiros vieram seguraram nas minhas mãos e disseram pra ter fé. Nesse momento fui entubada. Ai eu não saberia mais o que estava acontecendo pois estava desacordada”, ela conta.

Foram 14 dias de angustia e sofrimento que a família passou enquanto ela estava internada e que depois, os filhos contaram o que se passou. “Dizem que formou uma grande corrente de oração dos familiares, amigos e parentes. A notícia que chegava aos meus filhos não eram as melhores.  Eu estava usando 100% do respirador com febre alta e tendo que fazer hemodiálise. Meu esposo e meus filhos dizem que acreditavam que eu voltaria”, lembra Dona Cida.

Boa notícia: a recuperação e a alta hospitalar

Como a vida sempre reserva surpresa, dona Cida foi desentubada na véspera de Natal. “No dia 24/12, ou seja, na véspera do Natal, eu fui desentubada. Demorou uns 2 dias pra eu tomar consciência do que estava acontecendo.  Os meus anjos de guarda no hospital fizeram uma chamada de vídeo para meu esposo e filhos no dia 25 dia de Natal. Era grande a alegria e gratidão. Porém no domingo 27/12 tive quer ser entubada novamente”, recorda ela.

Dona Cida ao lado da equipe do hospital em sua alta

Mas foi só um susto, pois 24 horas depois, ela foi saiu dos tubos.  “A recuperação também foi rápida pois na quinta feira, vésperas do dia de Ano Novo, meu esposo e filhos recebem a ligação daquilo que já esperávamos.  Era pra ir até o hospital pra receber instruções de como cuidar de mim depois da alta”, conta.

Dona Cida se diz grata aos profissionais de saúde

Gratidão a Deus e aos profissionais da Saúde

Religiosa, Dona Cida é muito grata a Deus e aos profissionais de Saúde pela sua recuperação. “No dia internacional da PAZ, dia de Ano Novo eu saia do hospital para ir para casa. Houve muito choro, mas agora de alegria. Uma coisa eu tenho no coração que é gratidão a Deus e muita gratidão a todos do hospital, desde aquele que passa o paninho no chão, aos recepcionistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem, médico e médicas que cuidaram de mim com muito carinho. E agradeço também pelo tratamento com a minha família. Que Deus abençoe muito a cada um. Hoje posso dizer que sou um milagre”, afirma a dona de casa.

A Covid deixou uma sequela na perna direita da Dona Cida, mas que segundo ela, não é nada diante de tudo que ela passou.

Mensagem para as mães

“Quero dizer pra você mãe. Que Deus te de sabedoria calma e muito amor.  Você é um ser muito especial que as vezes nem você lembra disso. Gerar uma vida é algo estupendo, são nove meses que irão depois durar uma vida toda. Eu sei, como mãe, que os momentos de sorriso de um filho são menores que os momentos de choro.  Mas ver o sorriso no rosto de um filho não tem preço. Ser mãe é uma dádiva de Deus para mim e para você .Que Deus abençoe muito você mãe”.

Netas da Dona Cida

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